Curso de licenciatura em Educação no Campo (Ceunes) obtém nota máxima em avaliação do MEC

O curso de licenciatura plena em Educação no Campo obteve nota 5 após visita presencial (in loco) realizada por avaliadores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC). A avaliação aconteceu entre os dias 9 e 10 de setembro, e o resultado foi divulgado na última sexta-feira, 20. Essa foi a primeira avaliação in loco do curso, criado em 2014, com o apoio dos movimentos sociais.

A equipe designada pelo MEC visitou o campus de São Mateus, onde realizou entrevistas com o corpo docente e com os alunos do curso, além de verificar documentos e analisar o projeto pedagógico. Três dimensões foram analisadas: corpo docente e tutorial; didático e pedagógico; e estrutura física. Nos dois primeiros quesitos, a nota alcançada foi 4,89. Na parte de estrutura, o curso obteve nota máxima.

O curso recebeu, como nota geral, o valor de 4,92 e tornou-se, assim, o curso da Ufes com o maior conceito contínuo (nota sem arredondamento) em toda a história da instituição. “A nota 5 representa o esforço conjunto de toda a comunidade acadêmica para melhorar a formação dos estudantes, de maneira que eles possam ser úteis a nossa sociedade”, afirma Leila Massaroni, responsável pela Secretaria de Avaliação Institucional (Seavin) da Universidade.

A coordenadora do curso, professora Vivian Megna, destaca que tal conquista reflete um trabalho realizado desde a criação dessa licenciatura, como também os desafios superados desde então nesse projeto de formação de sujeitos do campo. “A nota obtida na avaliação mostra que estamos no caminho certo, buscando sempre o melhor para o curso, por uma educação pública, inclusiva, democrática e de qualidade”, enfatiza.

Escolas do campo

Tendo como público-alvo os sujeitos do campo, entre eles quilombolas, ribeirinhos, assentados e pequenos agricultores, especialmente no norte capixaba, o curso de licenciatura em Educação do Campo dedica-se a formar professores que exerçam suas atividades em escolas do campo, nos ensinos fundamental e médio.

O curso funciona em regime de alternância, constituído de dois tempos: universidade e comunidade, respeitando as especificidades de seu público-alvo. “Dessa forma, os sujeitos do campo têm a possibilidade de acesso e permanência na universidade, formando-se como educadores e retornando para as escolas do campo”, explica a coordenadora. No total, ingressam anualmente 80 estudantes nas habilitações Ciências Humanas e Sociais e Ciências Naturais.

Texto: Adriana Damasceno, com a colaboração de Nábila Corrêa
Edição: Thereza Marinho

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